Feridos devido ao incêndio da boate Kiss |
Essa tragédia já é considerada a segunda maior do país, sendo a primeira tido acontecido em 1961 em um circo do Rio de Janeiro que pegou fogo e matou mais de 500 pessoas na época. Tudo aconteceu com a última banda tocando na casa de shows, um integrante dessa banda ao que parece acendeu um sinalizador, fazendo com que uma faísca fosse parar no teto da casa noturna e o fogo logo se alastrou.
Bombeiros ajudam a apagar as chamas e na evacuação da área |
Uma fumaça escura e densa rapidamente tomou conta do local, fazendo todos entrarem em pânico e tentarem sair da boate. Uma correria muito grande fez mortos até mesmo pisoteados, sabe-se até então que a maioria das mortes foram por asfixia, tanto que até mesmo alguns integrantes do corpo de bombeiros passaram mal devido a fumaça.
Foto durante o show na boate Kiss na madrugada desse domingo |
Quem estava na área Vip teve maior chances de sair mais rapidamente devido a estruturação da casa/prédio noturno. Tendo também em um primeiro momento os seguranças tendo barrado a saída do povo (talvez por não saberem o que ocorrerá) para que os jovens pagassem a comanda, porém não conteve a grande multidão que corria desesperadamente. Muitos ficaram feridos por conta de tombos, pisoteios, empurrões, etc.
Foto retirada do site http://g1.globo.com |
Bombeiros tentando apagar as chamas da boate |
Resta terminar este poste mostrando o meu luto quanto a isso, ficamos realmente muito chocados com tragédias como estas. Espero que os pais, amigos, familiares de quem veio a falecer ou teve esse trauma tenham luz suficiente para superar isso tudo.
Famílias desoladas devido a trágedia |
Redes sociais fazem a homenagem para o desastre, não apenas Santa Maria, mas sim o Brasil inteiro chora por esta tragédia. |
A MAIOR TRAGÉDIA DE NOSSAS VIDAS
Fabrício Carpinejar
Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.
A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.
As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e quarenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido.
Algumas imagens retirada da postagem do The New York Times
Atualizado em 28/01/13 às 16:23
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