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domingo, 27 de janeiro de 2013

Tragédia em boate em Santa Maria-RS é a segunda maior do Brasil


Feridos devido ao incêndio da boate Kiss
Com grande tristeza as notícias de hoje vem as nossas casas, uma boate chamada Kiss em Santa Maria no Rio Grande do Sul acabou pegando fogo por volta de 2 horas e 30 minutos da manhã, fazendo até então 231 mortos e deixando mais de 100 feridos. A maioria dos que vieram a falecer tinham entre 18 e 22 anos. Cerca de 90% morreram por asfixia e não por queimaduras.

Essa tragédia já é considerada a segunda maior do país, sendo a primeira tido acontecido em 1961 em um circo do Rio de Janeiro que pegou fogo e matou mais de 500 pessoas na época. Tudo aconteceu com a última banda tocando na casa de shows, um integrante dessa banda ao que parece acendeu um sinalizador, fazendo com que uma faísca fosse parar no teto da casa noturna e o fogo logo se alastrou.
Bombeiros ajudam a apagar as chamas e na evacuação da área

Uma fumaça escura e densa rapidamente tomou conta do local, fazendo todos entrarem em pânico e tentarem sair da boate. Uma correria muito grande fez mortos até mesmo pisoteados, sabe-se até então que a maioria das mortes foram por asfixia, tanto que até mesmo alguns integrantes do corpo de  bombeiros passaram mal devido a fumaça.

Foto durante o show na boate Kiss na madrugada desse domingo
A boate contia muitos jovens de uma Universidade de Santa Maria de vários cursos, que foram ver um sertanejo universitário, acabar em tragédia. Na tentativa de saírem alguns jovens se perdiam pela fumaça preta que tirava o campo de visão, muitos foram seguindo na correria para o banheiro achando ser uma porta de emergência, assim foram encontrados diversos corpos amontoados neste local.

Quem estava na área Vip teve maior chances de sair mais rapidamente devido a estruturação da casa/prédio  noturno. Tendo também em um primeiro momento os seguranças tendo barrado a saída do povo (talvez por não saberem o que ocorrerá) para que os jovens pagassem a comanda, porém não conteve a grande multidão que corria desesperadamente. Muitos ficaram feridos por conta de tombos, pisoteios, empurrões, etc.

Foto retirada do site http://g1.globo.com

Bombeiros tentando apagar as chamas da boate


Resta terminar este poste mostrando o meu luto quanto a isso, ficamos realmente muito chocados com tragédias como estas. Espero que os pais, amigos, familiares de quem veio a falecer ou teve esse trauma tenham luz suficiente para superar isso tudo.
Famílias desoladas devido a trágedia



Redes sociais fazem a homenagem para o desastre, não apenas Santa Maria, mas sim o Brasil inteiro chora por esta tragédia.
Contudo o meu desejo é que criem leis mais rígidas pra estas casas de shows, boates. Para que isso não venha a se repetir. Ontem mesmo estava em uma com as mesma características da boate Kiss, apenas uma entrada, pouco espaço e muita gente.



A MAIOR TRAGÉDIA DE NOSSAS VIDAS

Fabrício Carpinejar

Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. 

A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. 

Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa. 

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. 

As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada. 

Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa. 

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio. 

Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda. 

Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.

Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa. 

Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram. 

Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo? 

O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista. 

A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.

Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.

Mais de duzentos e quarenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.

Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal. 

As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso. 

Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.

As palavras perderam o sentido.



Algumas imagens retirada da postagem do The New York Times

Jovem se hidratando devido a fumaça

Mãe desolada

Choro de uma jovem durante funeral

Pessoas na correria para ajudar os feridos

Homem com sentimento de vazio após tragédia na boate

Boate Kiss após o incêndio

Senhora chora durante funeral de parente e é consolada por jovem

Funeral de várias vítimas acontecendo em um ginásio


Atualizado em 28/01/13 às 16:23