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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Depressão na fobia social

Todas as pessoas, de vez em quando, ficam de “baixo astral”. Contudo, sentir-se deprimido torna-se um grande problema para algumas pessoas, o que pode impedir a recuperação adequada de uma fobia social. Num estudo realizado em 1990, o dr. Murray Stein e seus colegas descobriram que 35% das pessoas com fobias sociais haviam tido pelo menos um “grande episódio de depressão”. O que isso significa exatamente? Alguns dos sintomas de um grande episódio de depressão são:
·         Estado de espírito deprimido (sentir-se “triste”);
·         Diminuição do interesse e do prazer nas atividades diárias;
·         Distúrbios de sono (dormir demais ou muito pouco);
·         Distúrbios do apetite (comer demais ou muito pouco);
·         Fadiga;
·         Diminuição da concentração;
·         Sentimentos de ter pouco valor pessoal.
Por que razão as pessoas com fobias sociais ficam deprimidas? Há diversas explicações possíveis. Algumas vezes, a própria fobia social causa ou pelo menos contribui para depressão. Todas as pessoas precisam de um certa interação social para sentir-se felizes e contentes. Se você não tiver “contato com pessoas” suficiente,  é natural que se sinta triste e solitário. Se tem evitado uma grande variedade de situações sociais e sua vida foi ficando cada vez mais limitada, a depressão não seria um resultado incomum. O mais provável é que à medida que você começar a lidar com os seus medos sociais e se tornar cada vez mais confortável em situações sociais sua depressão fique mais leve.
Outra explicação do motivo pelo qual as pessoas com fobias sociais podem ficar deprimidas está ligada ao pensamento não-adaptativo – ou, como uma pessoa chamou, “pensamentos miseráveis””. Os seus pensamentos também podem contribuir para que você se sinta deprimido.
Vamos ao caso de Amy, a mulher que não conseguia urinar em banheiros públicos. Amy culpava-se por ter um problema tão “bobo”. Durante uma sessão de terapia, ela exclamou cheia de frustração: “Existem tantos problemas no mundo e aqui estou eu, preocupada se serei capaz de urinar ou não! Sou tão idiota!”.
É importante lembrar que ninguém escolhe ter uma fobia social, do mesmo modo que ninguém escolhe ter diabetes, por exemplo. Ambos são problemas reais, que merecem atenção e tratamento cuidadosos. Torturar-se não tem nenhuma utilidade; apenas faz com que você fique “encalhado” num estado depressivo e sem esperança. Os pensamentos negativos de Amy não se limitavam à crítica já feita. Ela também se achava um fracasso total como pessoa, apenas por causa dessa área problemática, não considerava todas as suas contribuições positivas, e só dava atenção à sua dificuldade em usar banheiros públicos.  Um dos elementos frequentes em seu diálogo interior era “Eu não tenho esperança. Eu nunca vou melhorar”. Este pensamento era distorcido. Apesar de ter feito progressos consideráveis em sua terapia de exposição, ela menosprezava suas realizações, e escolhia dar atenção a tudo o que ainda tinha por fazer.
Há também outra explicação para o fato de pessoas com fobias sociais se tornarem deprimidas. Algumas vezes a depressão ou o sentimento de falta de esperança pode ser uma forma de fuga. Esse tipo de fuga pode ser difícil de reconhecer, pois você se sente genuinamente deprimido, e não sente que está fugindo de algo!
Então, como funciona essa estratégia de fuga? Experimente pensar em suas próprias experiências com as exposições. Quando você as estava planejando, se sentiu de “baixo astral”, como se simplesmente não tivesse energia suficiente para completar a tarefa? Ou como se fosse inútil tentar? Você pode ter-se perguntando: “E se essa terapia de exposição for um amontoado de bobagens?”. Você poderia estar pensando em não fazer a exposição. “Eu a farei amanhã, quando estiver me sentindo melhor”.
Você está começando a ver como essa atitude depressiva é, na verdade, uma outra forma de fuga? Em vez de encarar a ansiedade que você experienciará durante a exposição, às vezes parece mais fácil, ou compreensível (ninguém gosta de sentir ansioso!), ela é prejudicial a longo prazo. É ainda mais importante realizar as exposições que foram planejadas, nos dias em que você se sente mal. Você pode esperar por um longo tempo, até que o seu estado de espírito melhore antes de agir. Quase sempre, se você for em frente e fizer algo que está evitando, vai se sentir melhor depois. Algumas vezes, pode ser suficiente tomar consciência desse tipo de fuga para não cair nela.
Finalmente, é possível que os distúrbios de depressão e de ansiedade, como a fobia social, tenham alguns fatores desencadeantes em comum. Você pode ser vulnerável a ambos os tipos de problemas pela mesma razão, quer seja uma predisposição biológica herdada ou fatores ambientais que influenciaram o desenvolvimento dos dois distúrbios.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Sobre a timidez, fobia social (ansiedade social) e outros tipos de fobia

Bom esse assunto é um pouco delicado, pois é preciso realmente de tratamento e não manuais de internet para se livrar de sua timidez ou fobia que a tanto lhe incomoda. Vou tentar explicar o pouco que li e entendi sobre o assunto. Além de ser um pivô, pois me considerei um fóbico social muito tempo e sempre usei a internet para ler sobre o assunto na esperança de me "readaptar" a vida que gostaria de ter, porém, há alguns meses decidi procurar ajuda e realmente meus problemas se cessaram.



Resumidamente, sempre fui calado em grupos, sempre perdi oportunidades de relacionamentos amorosos, de sair pra me divertir, de ir encontrar familiares, de me expressar corretamente com as pessoas, até mesmo de sair de casa com medo dos outros que estivessem na rua me avaliarem ou me acharem um perfeito idiota. O pior foi que através dessas circunstâncias, acabei por tomar uso de álcool como válvula de escape pra enfrentar as situações temidas, que eram quase a totalidade das coisas que envolviam os outros, contatos sociais, etc. Nisso com o passar do tempo foi-se criando uma avalanche e só crescia o medo, cheguei ao ponto de não querer mais sair de casa, somente ficar no computador (e o que mais fazia era jogar online), lá pelo menos ninguém me conhecia pessoalmente, "não tinha perigo" (meu subconsciente).

Após mais ou menos 1 ano e pouco resolvi, que tinha um problema sério e que só ajuda mesmo profissional, seria adequada. E realmente foi. Procurei um Psiquiatra e contei o meu problema, as situações que me faziam mal e me deixará com medo, e acabou que fui receitado, e encaminhado para psicoterapia. Fiz uso do medicamento conforme dito, num primeiro momento continuei no uso exacerbado de álcool, fiz a psicoterapia também. Hoje já não sou fóbico social, talvez nem tímido, timidez todos experimentam alguma vez na vida, mas hoje me considero totalmente normal, não extrovertido e tão pouco introvertido.

Mas optei por continuar o tratamento, ainda tenho consultas marcadas com o Psiquiatra e a Psicologa, e a partir do dia 04 de fevereiro começarei o meu curso de Psicologia na esperança de ajudar também outras pessoas. E isso é o que mais me motiva e me anima. Voltando ao foco postarei um texto de um site muito legal que aborda bastante o assunto. O texto é longo porém vale a pena passar um tempo para ler e principalmente para compreender e refletir sobre o assunto, caso não seja possível leia por partes e tente absolver o máximo possível, isso é apenas um resumo do que sabemos sobre timidez e fobia social, tratamento não tem outra forma, somente com psicólogo e psiquiatra. O texto foi tirado do site http://www.marisapsicologa.com.br.


Timidez ou Fobia Social?


Quando a timidez apresenta-se tão extrema a ponto de impedir a pessoa tenha uma vida normal em situações sociais chamamos de Fobia Social. Dificilmente a pessoa que sofre com a ansiedade de falar em publico, ou com o mal estar de permanecer em festas e reuniões de trabalho, saberá que o nome técnico é Fobia social, a menos que já tenha pesquisado um pouco e identificado textos científicos que esclareçam o assunto.
A fobia social é um dos transtornos mentais mais comuns, mas ainda é um dos menos tratados em psicoterapia justamente pela falta de informação a respeito das possibilidades de superação.
Timidez intensa, fobia social ou transtorno de ansiedade social significa ansiedade intensa em situações sociais onde tenha que apresentar desempenho diante de outras pessoas, que leva ao sofrimento e perdas de oportunidades.

É caracterizada por um medo acentuado de situações onde tenha que falar ou apenas estar em público. A pessoa tem medo de fazer ou dizer coisas que lhe sejam humilhantes e embaraçosos. A exposição à situação social temida provoca ansiedade intensa, que pode chegar a um ataque de pânico. A pessoa evita estas situações ou as suporta com muito sofrimento.

A fobia social interfere no trabalho, na escola e vida social.
O medo está associado às situações de desempenho, como falar em público, as interações sociais do dia-a-dia, ir a uma festa, uma entrevista de emprego, etc.

Os fóbicos sociais apresentam  hipersensibilidade a criticas, avaliação negativa a respeito de si mesmo, sentimentos de inferioridade, e apresentam grande dificuldade em serem assertivas – falar o que precisam de forma clara e elegante.

1 - O que causa a Fobia Social?


Os fóbicos sociais apresentam  hipersensibilidade a criticas, avaliação negativa a respeito de si mesmo, sentimentos de inferioridade, e apresentam grande dificuldade em serem assertivas – falar o que precisam de forma clara e elegante.

1.1 - Falta de habilidades sociais


As pessoas com fobia social sofrem de um grande dificuldade em habilidades sociais, como, por exemplo, iniciar uma conversa com uma pessoa nova, entrevista de emprego,  paquera, etc. Deficiências nas habilidades sociais podem levar uma pessoa a se comportar de uma forma desajeitada  em um primeiro encontro romântico e isto deixá-la com muita vergonha de si mesmo. A falta de habilidade social pode levar o indivíduo a evitar situações onde seja essencial  apresentar comportamento adequado, como uma entrevista de emprego. Existe uma alta incidência de déficits de habilidades sociais em pacientes com fobia social, este fato é responsável pela manutenção do quadro fóbico.

1.2 - Crenças irracionais


As crenças irracionais estão no centro das neuroses. A ansiedade social pode ser explicada pelas crenças irracionais como por exemplo, a crença de que temos sempre que causar uma boa impressão para sermos aceitos pelas pessoas ou por nós mesmos. Ou a de que temos sempre que ter um desempenho perfeito para mostrarmos o nosso valor como pessoa. Como conseqüência, as pessoas tendem a se cobrar demais, querendo sempre ter um desempenho perfeito, sem erros, o que é impossível para qualquer ser humano. Este grau de exigência leva a um alto nível de ansiedade quando estiver se relacionado com as pessoas, e se sentirá frustrado quando algo não sair como planejado.

1.3 - O que passa na cabeça do tímido


Os pacientes com fobia social tendem a interpretar de forma errada as situações sociais e seu próprio desempenho, isto é vulnerabilidade cognitiva. Eles consideram que fizeram mais “besteiras” passiveis de ser considerado vexame do que realmente é verdade.

Pais com ansiedade social, ou que exigem demais de seus filhos no que se refere a forma de agir diante das pessoas , padrões exagerados de perfeição, superproteção e/ou isolamento dos contatos sociais podem criar em seus filhos mais ansiedade do que seria necessária. Estes fatos vividos na infância ou adolescência aumentam a probabilidade de a pessoa entrar em situações sociais de forma apreensiva, desta maneira sentindo muita ansiedade ou tentando evitá-las. Estas pessoas formam pensamentos de que as situações sociais são perigosas e que a única maneira de prevenir resultados negativos é evitá-las, fugir para não ter contato com o que imaginam que será desastroso. Eles imaginam que serão  humilhados sofreram grande embaraço, e devido a isto evitam as situações sociais ou de desempenho; e quando não conseguem evitá-las sofrem antes e durante de os momentos que estarão diante de outras pessoas.

2 - Como é o tratamento da Fobia Social / Timidez


Atualmente os pesquisadores e clínicos têm focalizado sua atenção sobre o tratamento com a terapia cognitivo-comportamental. As principais técnicas são: exposição, reestruturação cognitiva, técnicas de relaxamento e treino de habilidades sociais.

2.1 - Técnicas de relaxamento


As técnicas de relaxamento ajudam o paciente a controlar sintomas fisiológicos antes ou durante as situações que a pessoa gostaria de enfrentar com traquilidade. A principal técnica de relaxamento utilizada é o Relaxamento Progressivo de Jacobson. As técnicas de relaxamento são apropriadas a pacientes com fobia social que apresentam intensos sintomas fisiológicos de ansiedade durante uma situação social, por exemplo, se a pessoa suar muito, tremer, ficar vermelha, perder a voz, sentir dor de barriga será especialmente beneficiada com as técnicas de relaxamento. Os estudos mostram que as técnicas de relaxamento facilitam a exposição do paciente à situação temida, porém não são eficazes isoladamente no tratamento da fobia social.

2.2 - Treinamento de habilidades sociais


As técnicas usadas no treinamento de habilidades sociais são: modelagem, ensaio comportamental, reforçamento social e o treinamento realizado fora da sessão (tarefas de casa). Os estudos que investigaram os efeitos desta técnica relataram superioridade de resultados. Comparações com outras técnicas de tratamento, não-farmacológicas, da fobia social não forneceram resultados consistentes . O uso de técnicas de treinamento de habilidades sociais tem sido recomendado para todos os pacientes com fobia social, quer manifestem déficits de habilidades sociais ou não, pois este possibilita aprendizagem quanto ao que  fazer e não fazer em situações sociais.

2.3 - Exposição


Exposição facilita ao paciente imaginar (exposição através de imagens mentais) ou confrontar realmente (exposição ao vivo) as situações que quer enfrentar, como, por exemplo, apresentar um trabalho na sala de aula, falar na reunião da empresa ou conversar tranquilamente em festas. O primeiro passo é construir junto com o paciente uma lista das situações temidas, do item que causa menos ansiedade ao que causa mais ansiedade e desconforto. As principais situações no tratamento da fobia social são falar diante de um grande público, comer e beber em público, conversar com outras pessoas, etc. No inicio as situações são enfrentadas através de imagens mentais até que possa enfrentar  situações reais. Após a exposição e quando a situação não provocar mais ansiedade e desconforto, passa-se ao próximo item da lista de situações problemáticas. O processo continua até o paciente poder enfrentar todos os itens com significativa redução da ansiedade e do desconforto. Diversos estudos demonstraram a clara eficácia da exposição no tratamento da fobia social.

2.4 - Reestruturação Cognitiva


Os pacientes com fobia social são ensinados a identificar os pensamentos disfuncionais, ou seja negativos e fora da realidade, e fazer o teste da realidade para corrigir os o que há de distorcido em sua percepção. Esta reavaliação e correção dos pensamentos distorcidos permitem ao paciente perceber que na grande maioria das vezes estava supervalorizando outras pessoas e desvalorizando sua capacidade de enfrentamento.

As técnicas de reestruturação cognitiva tem como objetivo ensinar ao tímido: observar e controlar os pensamentos irracionais e negativos; examinar as evidências favoráveis e contrárias aos pensamentos distorcidos; e corrigir as interpretações tendenciosas por interpretações calcadas na realidade, o que  resulta em redução dos sintomas da fobia social.

A reestruturação cognitiva irá desafiar as crenças errôneas, modificando-as ou substituindo-as por outras mais realistas. A técnica é aplicada tanto nos pensamentos que ocorrem antes da situação social como naqueles que ocorrem durante e após a situação temida. As técnicas de exposição ajudam mais para facilitar a identificação dos pensamentos negativos do que para habituar à ansiedade gerada pela situação social. Diversos estudos demonstraram que a reestruturação cognitiva é uma técnica eficaz no tratamento da fobia social, principalmente se for aplicada conjuntamente com técnicas de exposição.

2.5 - Terapia Cognitivo-Comportamental na Fobia Social


Estudos  demonstram  eficácia significativa da terapia cognitivo-comportamental na redução da fobia social / timidez. Taylor (1996), em seu estudo comparou grupos de pessoas às quais foram aplicadas as seguintes técnicas: placebo, exposição, reestruturação cognitiva, uma combinação de exposição e reestruturação cognitiva e treinamento de habilidades sociais no tratamento da fobia social. Os resultados demonstraram que os tratamentos possibilitaram superação das dificuldades. A combinação de exposição e reestruturação cognitiva foi o tratamento que trouxe os benefícios mais significativos aos pacientes.

3 - Conclusão

A fobia social é um dos mais prevalentes transtornos psicológicos na população geral. Seu correto diagnóstico e encaminhamento para tratamento adequado minimizam, se não todos, pelo menos os principais efeitos negativos que esta grave condição de saúde mental impõe a seus portadores. A terapia cognitivo-comportamental constituem-se hoje como principal intervenção terapêutica para os quadros de fobia social.


Lembrando que além desse texto o site http://www.marisapsicologa.com.br/ aborda também assuntos de fobias, síndrome do pânico, dentre outros.